quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Quem calcula os custos do automóvel nas cidades?

Quem calcula os custos do automóvel nas cidades?

Washington Novaes*

Parece inacreditável, mas o alarme vem das montadoras de automóveis – as mais interessadas em vender seus produtos. Texto de Cleide Silva na edição de 13/8 deste jornal informa que o “excesso de automóveis (mais 80 milhões de veículos no mercado global este ano) já preocupa as montadoras no mundo” e por isso “o trânsito nas megacidades leva fabricantes a incentivar debate sobre saída para o caos”. Nesta mesma hora, o tema mal chega às campanhas para as eleições municipais no Brasil. E em São Paulo, embora documentos da Prefeitura mencionem a possibilidade de instituir a cobrança do pedágio urbano e haja até projeto a esse respeito na Câmara Municipal (Estado, 1.º/8), não há intenção concreta de avançar nesse rumo neste final de gestão.

Professor universitário especialista na matéria, trazido por uma das montadoras, o alemão Michael Schrekenberg impressionou-se com o caos paulistano e chegou a sugerir inspeções rigorosas de veículos para evitar quebras e interrupções no trânsito, controle das emissões de poluentes, ampliação dos acostamentos, criação de faixas exclusivas para carros com mais de uma pessoa, “trens para ligar regiões da metrópole às periféricas”.

As soluções, entretanto, terão de ser rápidas. São Paulo já tem frota de mais de 7,2 milhões de veículos, dos quais 3,8 milhões circulam diariamente. E não há regras para motocicletas. Este ano ficará na capital paulista grande parte dos mais de 3,6 milhões de veículos vendidos no País. O documento da Prefeitura que menciona o pedágio urbano em 233 quilômetros quadrados do centro expandido, com tarifa de R$ 1 (em Londres é de R$ 25), convive com outro da Secretaria de Transportes que prevê para isso investimento de R$ 15 milhões, assim como a construção de três garagens subterrâneas (na gestão municipal de Jânio Quadros, há décadas, foi prevista a construção de 12 garagens subterrâneas, mas só duas foram construídas).Muito pouco para uma cidade onde a frota cresceu 3% (213,2 mil veículos) em um ano e para um Estado já com 23,5 milhões (1,31 veículo por habitante em São José do Rio Preto, 1,34 em Araçatuba, 1,39 em Ribeirão Preto, 1,41 em Jundiaí, segundo a CartaCapital em 31/7). Uma fila única dos veículos da capital teria mais de 20 mil quilômetros de extensão (Estado, 7/8), embora a rede viária local tenha apenas 17 mil quilômetros. A cidade perde R$ 55 bilhões anuais com congestionamentos, diz a Fundação Getúlio Vargas. No segundo semestre do ano passado, eles atingiram 226,2 quilômetros em um dia. Este ano baixaram para 184,8 (Estado, 9/8). Tecnologias como GPS, imagens de satélites e outras são cada vez mais comuns entre motoristas. Já os agentes municipais de trânsito só têm os próprios olhos para observar menos de 200 das 15 mil vias públicas (15/8). Apesar dos dramas, o Diário Oficial chegou a publicar texto desaconselhando o uso de bicicleta (12/7), alternativa que só cresce em tantos países.

Também fora daqui, a China – que já tem problemas graves com trânsito – implantou 20 mil milhas de vias expressas e 12 rodovias nacionais. Só em Xangai foram 1.500 milhas. Não por acaso, o país já é o maior produtor de carros. E sabe que até 2025 terá de pavimentar 5 bilhões de metros quadrados de rodovias (Foreign Policy, 17/8); até 2025, nada menos que 64% de sua população estará nas cidades (48% em 2010); 22 cidades terão mais de 1 milhão de habitantes. Sua frota de veículos poderá subir para 600 milhões em 2030.

Seria interessante que nossos planejadores/gestores lessem, por exemplo, documentos como A bicicleta e as cidades, do Instituto de Energia e Meio Ambiente (2010), que aponta problemas cruciais. “Prevalece”, diz esse texto, “a visão de que a cidade pode expandir-se continuamente e desconsideram-se os custos de implantação de infraestrutura necessária para dar suporte ao atual padrão de mobilidade, centrado no automóvel, cujos efeitos negativos são distribuídos por toda a sociedade, inclusive entre aqueles que não possuem carros”. Entre os custos, a degradação da qualidade do ar (e seus reflexos nos custos da saúde pública, 5,9% dos orçamentos públicos), a contribuição para o aquecimento global, os desastres no trânsito. Hoje 70% do espaço público já é destinado ao transporte (há poucos anos a Associação Nacional de Transportes Terrestres mencionava 50%), embora apenas de 20% a 40% dos habitantes usem automóveis. As estatísticas do estudo dizem que 38,1% dos deslocamentos diários nas regiões metropolitanas brasileiras são feitos a pé; se forem considerados trajetos feitos em até 15 minutos, os deslocamentos sem automóveis sobem para 70%. Nas regiões metropolitanas como um todo, os deslocamentos em automóveis situam-se em 27,2%; em coletivos, 29,4%; a pé, 38,1%; em motos, 2,5%. E o transporte público no Brasil está em 50% do total, enquanto na Europa chega a apenas 5%

Outra consequência nefasta da ocupação do espaço público pelas estruturas viárias – avenidas, túneis, viadutos, etc., nas áreas centrais -, diz o documento, é forçar os habitantes a mudar-se para outras áreas habitáveis, o que, por sua vez, gera a necessidade de urbanização dessas novas áreas – com a pletora de custos que isso implica.

Das questões globais (aquecimento) às econômicas, sociais (injustiça com os setores sociais mais desfavorecidos e taxados pesadamente pelos custos), culturais, fiscais (isenção ou redução de impostos para veículos, sem nenhuma contrapartida), etc., tudo está envolvido nas questões do transporte, já que mais de 80% da população brasileira hoje é urbana. Não precisamos esperar que o drama se agrave, com a frota atual de veículos no País passando dos 37 milhões atuais para 70 milhões no fim desta década. Por mais complicada que seja, essa é uma tarefa para hoje.
Até as montadoras de veículos já sabem disso.

*Washington Novaes é jornalista.
Artigo originalmente publicado em O Estado de S.Paulo.
Fotos: Rogério Nogueira "Sammy"

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Entendendo a diferença entre PIB e o IDH

 
Uma das ferramentas utilizadas na gestão do meio ambiente é a estatística.

Conhecer os diversos medidores e suas aplicações é fator determinante para a aplicação de políticas justas e ambientalmente equilibradas. Até meados dos anos 80, o único medidor utilizado e aceito internacionalmente como indicador da condição socioeconômica de um país era o PIB, que mede o resultado de toda riqueza produzida. Ainda utilizado no Brasil, se subdivide em outros, dependendo do resultado que se pretende. A utilização desse índice gerou distorções extremas porque não considera o indivíduo, a região, escolaridade e diferenças de renda, entre outros, como se a riqueza, por si só, representasse a qualidade de vida de uma comunidade.


Os economistas clássicos do início do século XIX tinham a percepção de que a economia era orientada para o bem coletivo, que as oportunidades surgidas com a nova organização produtiva seriam para todos, eram os filósofos economistas. No final desse mesmo período um novo pensamento passa a dominar, o neoclássico. No entanto, sem saber o que fazer com as necessidades humanas não atendidas até aquele momento, esse pensamento torna-se refém de um novo processo produtivo, a linha de montagem.
O pensamento de que a riqueza produzida pertencia a todos predomina ainda no século XXI. Há quem acredite que a qualidade de vida e o bem-estar da coletividade é medida pelo resultado da riqueza produzida, ou seja, pelo Produto Interno Bruto (PIB), um equívoco grave. A riqueza produzida por um país está longe de ser a expressão da realidade de seus nacionais e, mesmo passados dois séculos de entendimento equivocado e misérias, ainda não aprendemos a lição e nesse contexto eis que surge a globalização, com sua expropriação de bens coletivos, como as reservas naturais e a ocupação de extensas áreas para monocultura mecanizada. E os Estados insistem em considerar o PIB como medidor de bem-estar de seu povo.

Em 1990, o primeiro relatório de desenvolvimento humano do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) passa a propagar o conceito de desenvolvimento humano como plataforma para a sustentabilidade. Por esse novo conceito a geração de riquezas passa a ser importante para a conquista do bem-estar; a renda, portanto, passa a ser um meio de se conseguir qualidade de vida e não um fim, assim como a falta de renda representa a privação de capacidades, inclusive a capacidade de defender seus próprios interesses.

Esse novo olhar sobre o homem coincide com a criação de um novo medidor de qualidade de vida, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Este índice não substitui o PIB, é complementar e em certos momentos também é falho, mas representa um avanço. A mudança de percepção por si só já indica um viés. Enquanto o PIB coloca a riqueza como parâmetro para a conquista de bem-estar, o IDH avalia o tamanho da qualidade de vida e bem-estar coletivo que essa riqueza proporciona: que tipo de saúde a comunidade possui, qual a qualidade e acesso à educação, que tipo de alimentação essa comunidade pode comprar. O IDH não redistribui renda, mas indica um novo momento para as sociedades, as ricas inclusive, porque não basta ganhar bem, mas gastar bem. Os investimentos devem ser direcionados para a construção de conhecimento, para garantir o bem-estar coletivo, a qualidade de vida e essas conquistas apenas são possíveis com a justa distribuição da riqueza produzida.
Todos os problemas que enfrentamos decorrem da injusta distribuição do poder de escolha e isso nada tem a ver com concorrência de mercado; refiro-me às escolhas fundamentadas no conhecimento, no "ser" alguém capacitado para recusar algo que não lhe represente valor autêntico. É o ser se contrapondo ao ter. Talvez valores artificiais ainda perdurem por mais um ou dois séculos, ainda é cedo para avaliar o dano provocado pelo conceito clássico de avaliar a produção da vida adotado a partir da revolução industrial e as consequências desse modo de produção, mas é importante falar a respeito, é importante conhecer a origem de um problema para corrigir a rota que queremos seguir.

Fonte Zn Revista:
Por: RN Sammy

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Entendendo o Consumidor Verde!!!


O tema abordado por nosso trabalho analisa as características do consumidor verde, que é um mercado que esta em expansão, pois atualmente cada vez mais as pessoas estão se preocupando com o meio ambiente.
Consumidor Verde

O consumidor verde é aquele que se preocupa com a sustentabilidade, eles buscam consumir somente produtos que causam menor ou nenhum prejuízo ao meio ambiente, recusando-se a comprar determinados produtos e pode desestimular a produção daquilo que agride o meio ambiente. Por isso, evita produtos que:
- representem um risco à sua saúde ou de outros;
- prejudique o ambiente durante a produção, uso ou despejo final;
- consuma muita energia;
- apresente excesso de embalagens, ou que seja descartável;
- contenha ingredientes procedentes de hábitat ou espécies ameaçados;
- no processo de produção tenha usado indevida ou cruelmente animais;
- afete negativamente outros povos, ou outros países.
Junto com o consumidor verde cresceu a preocupação com o marketing verde ou ecológico, afim de motivador as pessoas a serem mais conscientes com o seu consumo e expandir mais esse mercado consciente.
Para as empresas acompanharem essa tendência é preciso que invistam nesse mercado com aplicação de práticas de gestão sustentável, isto já acontece em países como Alemanha, Canadá, Japão e outros, onde os consumidores verdes preferem adquirir produtos que não causam poluição, detergentes biodegradáveis e enlatados com embalagens recicláveis. As grandes empresas tornam-se responsáveis pela colocação no mercado de produtos que não prejudicam o meio ambiente.

O que compra.

Eles compram somente produtos sem agrotóxicos, sem adubos químicos artificiais e conservantes, produtos de origem vegetal, sem gordura animal, leite vegetal.
Onde compra.

Os consumidores verdes podem encontrar produtos em sites de compras online, por exemplo, mundo verde, ou então nos principais mercados Zaffari Bourbon Ipiranga/ Country/ Assis Brasil, Carrefour.

Quando compra.

A compra é efetuada devido a uma necessidade de bem estar, desejo ou vontade.

Porque compra.

Eles compram um produto por causa da preservação do meio ambiente, portanto só produto de origem sustentável. Compram para satisfazer sua necessidade.

Como compra.

Eles podem comprar através de lojas virtuais ou em alguns supermercados,lojas e Zonas prorias para distribuição destes produtos.
 
Quanto esta disposto a gastar.

Os produtos orgânicos tem custo maior devido a:
 - Certificação: todo produto orgânico tem que receber o selo de qualidade dado por uma certificadora. Esse processo de certificação tem custo maior para o produtor.
 - Embalagem: o produto tem, obrigatoriamente, que ser embalado, o que encarece o produto em cerca de R$ 2,20.
 - Transporte: por serem produzidos em menor quantidade, várias viagens são feitas para entregar os produtos, enquanto que os convencionais são entregues de uma só vez em grande quantidade.
 - Produtividade: os orgânicos possuem um preço mais alto porque sua produção é pequena e a margem de lucro menor. A não utilização de pesticidas não é suficiente para baratear o produto.
Com base nas pesquisas analisamos que como o produto é mais caro o consumidor verde esta disposto a pagar o preço estipulado, não deixando mesmo assim de fazer uma pesquisa antes da compra através do seu grupo de referencia e meios de comunicação.

Curiosidades.

Principais diferenças entre os dois tipos de agricultura:

Orgânicos

·                    Uso de esterco bovino e biofertilizante
·                    Reciclagem do solo
·                    Equilíbrio do solo (vida microbiana – húmus)
·                    Policultura
·                    Equilíbrio ecológico
·                    Animais criados livres sem consumo de drogas sintéticas
·                    Maior valor nutricional
·                    Sabor e aroma mais concentrados

Tradicional

·                    Uso de agrotóxicos e hormônios
·                    Queimadas
·                    Destruição de matéria orgânica
·                    Monocultura
·                    Desequilíbrio ecológico
·                    Animais confinados com consumo de hormônios de crescimento, anabolizantes e outras drogas
·                    Maior quantidade de agua e menos nutrientes
·                    Sabor e aroma menos destacados

Como escolher e armazenar o produto orgânico?

Por serem alimentos perecíveis, o ideal é comprar frutas, verduras e legumes para consumo no dia ou no máximo para a semana. Procure escolher os produtos ainda não muito maduros. Nos pontos de venda, observe se os orgânicos estão separados dos convencionais. Isso evita a contaminação dos primeiros por produtos químicos ou resíduos de agrotóxicos. Verifique se consta o selo da certificadora na embalagem, o que é uma garantia de que realmente é orgânico. Se tiver que escolher apenas alguns alimentos para levar, fique com cenoura, pimentão, tomate, morango, batata e alface que, geralmente, são os mais contaminados por agrotóxicos quando produzidos de maneira convencional. Depois das compras, aproveite e já deixe os alimentos limpos para serem guardados. Lave cuidadosamente em água corrente e deixe de molho em solução de vinagre (2 colheres de sopa p/ cada litro de água) por 20 min. O vinagre também deverá ser orgânico.

Como saber se o produto é realmente orgânico?

Por lei, todos os produtos orgânicos devem receber um selo de certificação, que é concedido por uma agência certificadora credenciada. Esse selo garante um produto isento de contaminação química, produzido em ambiente ecologicamente equilibrado, a qualidade nutricional e biológica do alimento, bem como a qualidade de vida de quem vive no campo e nas cidades.

Apenas as pessoas que consomem os produtos são beneficiadas?

Não apenas as pessoas que consomem, mas também o agricultor que sem o contato com as substâncias utilizadas na agricultura tradicional, tem melhor qualidade de vida e menores chances de desenvolver doenças. Além disso, há o respeito às leis trabalhistas, ganho por produtividade, treinamento profissional. Não podemos deixar de lembrar, que a natureza é altamente beneficiada com o cultivo dos orgânicos, pois a produção respeita o equilíbrio microbiológico do solo. O processo fica mais sustentável, sem degradar a biodiversidade.

Há diferença de sabor entre um produto orgânico e o que é cultivado da forma convencional?

Sim. Pesquisas mostram que o aroma e o sabor dos alimentos orgânicos são mais acentuados.

Quais são os alimentos mais afetados pelos agrotóxicos?

Os alimentos mais afetados pelos agrotóxicos são: cenoura, pimentão, tomate, morango, batata e alface

Os produtos orgânicos também precisam ser lavados?

Sim, a higiene dos alimentos não tem nada a ver com a contaminação por agrotóxicos. Os alimentos orgânicos, assim como qualquer outro alimento, devem ser lavados cuidadosamente em água corrente e deixados de molho em solução de vinagre orgânico (2 colheres de sopa para cada litro de água) por 20 minutos.



sexta-feira, 10 de agosto de 2012

COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR " mulheres"

COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR FERRAMENTA IMPORTANTE NO DESENVOLVIMENTO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.

Características do grupo de consumidor - MULHERES

A entrada cada vez mais cedo das mulheres no mercado de trabalho e o adiamento das decisões de casamento e maternidade para idade próxima de 30 anos fazem com que o grupo de mulheres de 18 a 24 anos se torne economicamente forte. Com renda própria e baixo comprometimento mensal (pois ainda moram com a família) elas gastam seus recursos com produtos e serviços para si e poupam para gastos maiores no futuro (apartamento, casamento, automóvel entre outros sonhos).
Priorizando educação e carreira, mantendo contato com grande quantidade de amigos através das redes sociais e adeptas de novas tecnologias, independentes financeira e sexualmente e mais preocupadas com questões sociais e ambientais, as jovens brasileiras formam um novo e poderoso mercado de consumo que se apresenta com muitas oportunidades e desafios. Para aproveitá-lo é preciso entender seus sonhos, expectativas e prioridades bem como a forma que gastam seus recursos e o que esperam do relacionamento com as marcas.

Durante o segundo semestre de 2009, a Sophia Mind, empresa de pesquisa e inteligência de mercado do grupo Bolsa de Mulher, analisou o perfil de 2.096 brasileiras das cinco regiões do país para traçar um panorama da relação da mulher com o dinheiro.
A pesquisa aponta o alto poder de decisão de compra das mulheres e sua influência no orçamento familiar: 77% decidem pelo menos metade das compras domésticas. Esse percentual cresce e chega a 91% entre as casadas e 95% entre as separadas. No entanto, os homens ainda são os maiores responsáveis pelo pagamento das despesas da casa. No quesito participação feminina no pagamento das despesas domésticas, 39% das mulheres casadas afirmam que não contribuem nada ou apenas muito pouco na divisão das contas.
Por outro lado, quase metade das pesquisadas (46%) afirmaram investir parte de sua renda. O principal objetivo apontado por elas para os investimentos de longo prazo é a compra ou reforma de imóvel. Entre as mulheres investidoras, quase 1/3 (27%) faz investimentos com regularidade. Outros 28% investem eventualmente, quando há sobra de rendimentos. Comparando as principais regiões brasileiras, as paulistas se preocupam mais com a casa do que as fluminenses – 38% delas estão mais preocupadas em comprar ou reformar um imóvel enquanto apenas 27% das moradoras do Rio de Janeiro têm esse objetivo. As fluminenses são mais organizadas: 37% delas conseguem separar um montante fixo para investir. Entre as paulistas, somente 27% têm esse hábito.
O estudo também concluiu que as mulheres não estão preocupadas com a aposentadoria, nem mesmo as que já passaram dos 50 anos – aproximadamente 55% das entrevistadas nessa faixa etária ainda não possuem um plano definido de aposentadoria. No total, 73% delas não contam com nenhum plano de aposentadoria. No grupo das mulheres de até 25 anos, este percentual sobe para 85%.
Dentre os gastos evitáveis, os itens ligados à moda são os mais consumidos (26%), seguidos de perto por entretenimento (bares, restaurantes, danceterias) e produtos ou serviços para a casa (20% e 17% respectivamente). Os gastos com beleza ficaram em quarto lugar no ranking geral feminino.  As mulheres mais novas, de até 25 anos, gastam mais com itens da moda (34%). Já entre 26 e 30 anos os maiores gastos são divididos entre moda e entretenimento e, após os 30 anos, produtos e serviços para a casa representam os maiores gastos evitáveis (24%).
Fonte: Site Sophia Mind

 

O que as Mulheres Compram?
Fonte: (Revista) Valor investe de Fevereiro de 2012
Elas são as maiores tomadoras de decisão atualmente, não apenas em áreas tradicionais como moda, alimentação e cosméticos, mas também em compras de alto valor, como automóveis, serviços financeiros, melhorias domésticas, eletrônica de computadores e viagens.
Relato:
Uma ex- Consumidora Compulsiva em tratamento, assim que se define uma publicitária e escritora Cris Guerra, 41 anos que vive em Belo Horizonte (MG). A mesma luta desde os 24 anos de idade de uma doença que se chama Oniomania.
O que é Oniomania?
A oniomania, doença que ataca esse tipo de compulsivo, é caracterizada como um transtorno de personalidade e mental, classificado dentro dos transtornos do impulso. Para o consumidor compulsivo, o que lhe excita é o ato de comprar, e não o objeto comprado. Essa pessoa "tem vontade de adquirir, mas não de ter". Além de sua compulsão em comprar, as pessoas que sofrem da oniomania apresentam outros tipos de impulsividades, como fazer muito exercício, comer exageradamente e trabalhar muito.
Pistas sobre o problema ( Sinais que indicam Oniomania – Compulsão por comprar)
01
Sensação de euforia e bem-estar no ato da compra.
02
Gastos que superam em três vezes ou mais o ganho mensal.
03
Conviver com dividas.
04
Falta de questionamento sobre a real necessidade de adquirir algo.
05
Irritação quando não consegue comprar.
06
Possuir objetos duplicados (ex: duas blusas iguais, mas de cores diferentes).
07
Ter o hábito de emprestar dinheiro ou tomar empréstimos em banco.
08
Ter causado problemas ao cônjuge e familiares devido a gastos.

A publicitária afirma que comprava, depois percebia que estava sem dinheiro e me culpava e se culpava e muito, e para se sentir melhor gastava mais. Ela estudou em um colégio de classe alta, porem era classe media, ela se sentia inferior as outras pessoas, pois todos tinham roupas e sapatos de marca e ela mesma só tinham imitações, e devido á isso ela começou a sentir um desejo por marcas.
Com tudo isso ela fala que já faliu por três vezes devendo cartão de credito e cheque especial, com o tratamento em andamento afirma que hoje em dia só te cartão de débito, e adota técnicas para evitar o consumo compulsivo.
1.     

O que as mulheres consomem?

A classe C brasileira – cujos lares recebem de 1.115,00 a 4.806,00 por mês – tem hoje 46% da renda nacional. É mais que o volume de riqueza das classes A e B juntas, de brasileiros – desse total, 27 milhões viraram classe média e saíram da pobreza, de 2003 para cá.
Pesquisa Ibope Inteligência/ Editora Abril traçou o perfil da nova consumidora. Foram realizadas 925 entrevistas com mulheres entre 18 e 49 anos, alem de visitas a 20 residências.
Vida Moderna

Os eletrodomésticos (83%), ainda são as principais compras da mulher na classe C. Mas os eletrônicos e produtos de informática começam a desbancar as lavadoras e os fogões, entre as maiores ambições: 26% delas pretendem comprar um notebook ou TV de plasma em 2010.
 Beleza

A grande maioria – 71% das entrevistadas- trata os cabelos em casa. Apenas 29% vão aos salões.
Os sete produtos mais comuns para cuidar dos cabelos:
- xampu
-condicionador
-creme para tratamento
-óleo de silicone
-máscara de tratamento
-creme para pentear
-gel de fixação

Marcas

Produtos em que uma marca famosa é fundamental: Perfumes (63%), Sapatos (54%) e Roupas (47%).

Dinheiro

As bijuterias são compradas prioritariamente à vista (83% das respostas).
As geladeiras, a prazo, em mais de sete vezes (71%).

De malas prontas

Hoje, apenas 7% viajam tanto gostariam – mas 86% dizem querer fazer turismo nos próximos anos.

Mais de 20% das mulheres gastam mais de R$ 200 com roupas por mês

SÃO PAULO - No Brasil, 22% das mulheres costumam gastar mais de R$ 200 com roupas por mês, revela a pesquisa Consumo Feminino de Moda 2011, realizado pela Sophia Mind.
Do total de mulheres entrevistadas, 40% gastam mensalmente entre R$ 151 e R$ 200 com peças de roupas, enquanto 36% gastam entre R$ 76 e R$ 150.
Compras

Questionadas sobre a frequência das compras de roupas, 55% das mulheres disseram que compram alguma peça de roupa mensalmente ou bimensalmente.
Segundo a pesquisa, enquanto 30% disseram que não sabem a frequência, 27% afirmaram que compram roupa uma vez a cada dois meses e 28% uma vez por mês.
Com maior frequência, 9% afirmaram comprar roupas de 15 em 15 dias, 5% uma vez por semana, e 1% de duas a três vezes por semana.

Mulheres gastam 20% mais em compras na rede

Levantamento constatou que mulheres gastam, em média, 20% a mais que os homens em compras na rede. Estudo utilizou modelos econométricos para analisar dados de usuários da web de diferentes idades e faixas salariais.
Além de comprar mais pela internet, as mulheres são mais ativas no chamado ‘boca-a-boca’ na rede, atividade considerada pelos pesquisadores em administração e marketing como uma poderosa ferramenta de disseminação de informações sobre produtos e serviços, com expressivo potencial para incentivar o consumo. Este é um dos achados da pesquisa Word of Mouth Behavior and Online Activity, de autoria dos professores do Insper Danny Claro, Priscila Claro e Silvio Laban.
Enquanto a média mensal de despesa masculina na web ficou em R$167, a feminina alcançou R$208. Independentemente de gênero, o valor médio detectado foi de R$131. A pesquisa, que foi conduzida ao longo de 18 meses, analisou informações fornecidas por 248 usuários de internet de uma instituição de ensino superior situada em São Paulo. Os participantes, com idade entre 20 e 35 anos, responderam a um amplo questionário sobre comportamento, hábitos de uso e consumo na rede.
O estudo também encontrou relação entre experiência profissional e consumo: quanto maior a experiência no mercado de trabalho, maior o volume de compras pela rede. Outro achado curioso evidenciou que a comunicação direta empresa-cliente afeta o consumo online de forma negativa. “As pessoas estão mais céticas em relação ao que as companhias afirmam em massa através da propaganda e da mídia, mesmo quando elas lançam mão de mensagens positivas ou bastante atraentes. Hoje, os clientes preferem tomar decisões de maneira independente. Em contrapartida, porém, companhias podem controlar o que os consumidores dizem uns para os outros”, contou Danny.
Os pesquisadores do Insper acrescentam que o boca-a-boca online pode induzir o consumidor a considerar um produto ou serviço de uma maneira que nenhuma campanha publicitária consegue fazê-lo. “O maior impacto sobre o consumo on line não é pela comunicação, mas pelo comportamento dos internautas. Quanto mais intenso o comportamento virtual, no sentido de mais postagens, aprovações no Facebook, retuítes, encaminhamento de mails e, assim por diante, representando mais atividade online, maior será o consumo. A decisão de compra é muito afetada pelo endosso de colegas, familiares e até desconhecidos”, completou Silvio. Foi encontrada, ainda, relação direta entre renda e consumo – indivíduos com ganhos mais altos mostraram-se mais ativos no consumo online.

Quando compram?
As mulheres sentem vontade de consumir quando passam por momentos delicados, porque ela usa o consumo como um escape, para aliviar o sofrimento que esta passando naquele momento, acabam comprando coisas que talvez nem vão usar, e muitas vezes acabam se prejudicando, pois elas perdem a capacidade de gerenciar o que estão fazendo, o problema que esta passando e o que vai acontecer depois, que é o endividamento. Outra coisa que leva a mulher a comprar, é a influencia da mídia; quando é apresentado um novo produto, a mulher sente que precisa daquele produto para fazer parte do grupo social, ser aceita pelas pessoas.
As mulheres compram também, por influencia de seu grupo de referencia, por exemplo, se uma amiga compra uma blusa diferente, a mulher compra também, só pra ficar como suas amigas.
Por que compram?
Mulheres são apaixonadas e sonhadoras por natureza. A roupa do personagem da novela ou do filme, aquilo que “está na moda” ou que “está todo mundo usando” devem estar na vitrine da loja virtual que quer agradar esse público. Como descobrir isso? Ninguém mais antenado do que os jornalistas. Vá até uma banca de jornal e dedique algum tempo lendo as manchetes de revistas femininas e de variedades. São elas que ditam tendências e mostram o que está em alta.
1. A paixão
Algumas categorias se destacam no gosto feminino. Despertam verdadeira paixão. Mulheres amam sapatos e bolsas. Também compram online artigos de beleza e saúde. Se olharem e amarem… nada vai impedi-las de comprar. O produto em si é importante, mas boas imagens e descrições ajudam a despertar paixão.
Mostre detalhes dos produtos; uma fivela dourada ou um pequeno laço vermelho fazem toda diferença. Explore o zoom. Publique depoimentos de outras consumidoras apaixonadas. Descreva aromas e texturas com sentimentos.
2. O inacessível
Inclua em seu mix de produtos coisas que normalmente não são encontradas nas lojas tradicionais, artigos importados, grifes e novidades que não são muito fáceis de comprar. A Victoria Secrets, que é de difícil acesso no Brasil, por exemplo. A mulher vai na loja física e lá eles fazem um cartãozinho com as medidas dela, calcinha e soutien… depois é só comprar pela numeração do cartão pela loja virtual. Algumas maquiagens de grife, também são de difícil acesso no Brasil.
É um desafio que deve ser feito a quatro mãos: você e seu fornecedor. Por isso é importante manter bom relacionamento e amizade com esses fornecedores, são eles que vão lhe ajudar num bom mix de produtos e na sua margem de lucros.

3. Novidades
O inconsciente coletivo feminino é diferente do masculino, elas sabem o que é new, o que quase ninguém tem, então eu quero ter. A internet é o lugar perfeito para isso. Um ótimo lugar para tirar ideias: a banca de jornal, de novo.
Navegue em sites e portais femininos, acompanhe atentamente o que elas dizem nas redes sociais e fóruns. Assim como na vida real, seja um ouvinte atencioso ao que as mulheres estão dizendo.

4. Use e abuse de promoções
Poucas mulheres resistem ao: “Era 100,00 agora (só para você) por R$ 25,00″.
Dizem as más línguas que “um homem é capaz de pagar o dobro do preço por uma coisa que ele precisa e uma mulher é capaz de comprar uma coisa que ela não precisa se está pela metade do preço”. Brincadeiras à parte, habilite ferramentas de marketing viral e redes sociais para elas compartilharem as “barganhas” com as amigas.

5. Crie combos
Explore ofertas do tipo “compre um e leve dois”. É uma das melhores jogadas para quem vende produtos femininos… mulheres adoram ser prestigiadas. Se elas sentirem que por comprar algo, levam outra coisa de graça… vão comprar!

6. O indispensável
Toda mulher precisa de um “esfoliador multitasksuperx”. Sabem que não é indispensável, mas a frase “Você precisa ter um” toca fundo no “eu” consumista feminino. Misture esse ponto com os itens 5 e 6 dessa lista e você terá uma receita infalível.

7. Venda praticidade
Busque produtos que facilitem a vida. Mais uma vez é importante o uso de boas imagens e descrições mostrando o “como usar” e o “como fazer”. De novo: depoimentos de outras consumidoras satisfeitas influenciam na decisão. Elas irão comprar.

8. Facilidade de pagamento
É possível pagar facinho? Em várias vezes no cartão? Sem ter que por a mão na carteira? Ela compra! Sem culpa!
Lembre-se que as classes C e D estão presentes com força no e-commerce brasileiro. Esse público não olha para o preço à vista, mas para o valor da parcela. Algumas lojas já parcelam em boletos e cheques. É um risco, mas em qual retorno alto não há riscos?

9. Rapidez
Os sites que querem vender (muitos) produtos femininos precisam seguir essa dica: poucos cliques para fechar a compra… porque se a compra se estender ela abandona o carrinho! A rapidez de fechar a compra é o que faz a mulher finalizar o processo.
Você já fez um teste de usabilidade em sua loja virtual? Convide sua avó, tia, priminha, enfim, diferentes perfis de internet users, dê um vale compras para elas e peça para comprarem algo em sua loja enquanto você observa. Esteja atento à principais barreiras encontradas. Faça testes A/B.
Há empresas que vendem pesquisas de comportamento de compras detalhadas e específicas por sexo, idade e classe social. Claro que há muitos outros fatores psicosociais envolvidos no ciclo de compra, mas o que pretendemos aqui é dar alguns toques para que as lojas virtuais que atendem esse tipo de público melhorem seus serviços e… seu faturamento, claro. Deixando as clientes satisfeitas, fica bom pros dois.